É cada dia mais comum ver profissionais bem-sucedidos atuando em áreas bastante diferentes daquelas em que se formaram. Existem também aqueles que desejam trabalhar em outros segmentos, mas temem perder o que já conquistaram. Tais situações são as principais razões para a busca de uma segunda graduação ter se tornado tão frequente.
Em muitos casos, o desejo de mudar de área ocorre devido à necessidade de escolher uma profissão cedo, em um período da vida no qual ainda há pouco autoconhecimento. Porém, à medida que as mudanças na sociedade ocorrem e criam novas demandas, as atividades laborais também se transformam. Dessa forma, os chamados “profissionais multipotenciais” são, na verdade, os que mais se destacam.
Pensando nisso, criamos este post para que você entenda melhor sobre o que envolve e quais as vantagens de optar por um novo curso superior. Topa vir com a gente nessa?
O que uma segunda graduação envolve?
Quem já é formado no ensino superior e quer — ou precisa — fazer um novo curso de igual nível, acaba optando por esse caminho. Assim, o termo “segunda graduação” tem um significado literal ao envolver a realização de outra formação acadêmica universitária.
Uma vantagem é que, a depender do currículo da primeira e da segunda graduação, será possível encurtar o período para obter o segundo diploma. Afinal, a carga horária pode ser reduzida ao não precisar refazer certos conteúdos programáticos da grade ou pelo aproveitamento de parte do que foi cursado anteriormente em atividades complementares.
Mas isso depende da instituição escolhida e da compatibilidade entre ementas. Ou seja, é essencial verificar as normas internas e avaliar o que foi abordado no primeiro curso comparando ao que está previsto no projeto pedagógico do segundo.
Desse modo, o profissional conseguirá expandir o conhecimento, melhorando o histórico acadêmico para se tornar mais atrativo no mercado de trabalho .
Quais são os benefícios de fazer uma segunda graduação?
Optar por adicionar um novo diploma ao currículo é vantajoso à medida que atende as transformações que trabalho e carreira sofrem nos últimos anos . Isso porque o atual emprego de uma pessoa pode não existir mais no futuro ou requerer outras habilidades e qualificações.
Porém, esse não é o único motivo para seguir por tal caminho. Uma segunda graduação conta com benefícios profissionais que incluem o aumento da competitividade e da satisfação . Nesse último caso, trata-se de passar a exercer funções mais alinhadas às capacidades e interesses individuais.
Já em relação a se tornar um profissional mais atrativo, é fundamental entender que o mundo corporativo atualmente requer um conjunto diferenciado de competências, abrangendo tanto a parte técnica quanto a emocional.
Por um lado, estar preparado para atuar de maneira interdisciplinar é cada vez mais relevante quando estratégias precisam estar interligadas para garantir o sucesso dos empreendimentos.
Por outro, essa necessidade demanda desenvolver elementos interpessoais, como perceber as questões sob diferentes óticas ou comunicar-se com maior facilidade . Para exemplificar, há engenheiros que vão para a gestão e optam por fazer o curso de Administração, a fim de adquirir aptidões nesse ramo.
Como efeito, agregam ao know-how uma versatilidade que amplia a empregabilidade, bem como uma percepção estratégica das situações vivenciadas rotineiramente. Assim, os profissionais se tornam ainda mais interessantes para potenciais empregadores.
Como fazer uma segunda graduação?
Uma dúvida frequente de quem deseja iniciar um novo curso superior já possuindo uma graduação é se há a necessidade prestar vestibular . Isso ocorre porque poucos sabem que boa parte das instituições de ensino oferecem opções de ingresso diferenciadas para aqueles que já possuem um diploma quando há vagas remanescentes.
Via de regra, o processo de seleção em uma segunda graduação envolve apresentar o histórico escolar e, eventualmente, as ementas ou conteúdos programáticos de cada Unidade Curricular cursada e concluída para avaliação. Além disso, a formação anterior deve ter o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC).
Essa documentação também está relacionada ao aproveitamento de componentes curriculares, desobrigando o estudante de cursar as aulas já concluídas na graduação anterior, que também façam parte da matriz curricular da segunda graduação.
Porém, participar do processo vestibular ainda pode ser necessário, principalmente em áreas nas quais houve atualizações ou mudanças impactantes no período entre a conclusão de um curso e início de outro. Ou seja, cada situação precisa ser avaliada individualmente.
Além disso, as exigências legais como documentos de identificação, residência, comprovação do ensino médio, quitação eleitoral e militar, para quem tal serviço é obrigatório, permanecem as mesmas. Todas essas informações e qualquer exigência diferente consta no edital ou no site da instituição de interesse.
Como escolher uma segunda graduação?
O curso ideal é o que faz voltar para a faculdade ser tão recompensador. No entanto, realizar tal definição é algo igualmente desafiador, principalmente quando já se tem uma jornada profissional de alguns anos em andamento. Nesse contexto, o primeiro passo é avaliar o motivo para estar buscando um novo diploma.
Atuar em uma área distinta da formação inicial, desejar mudar de carreira, procurar ter mais alternativas no mercado de trabalho ou estar empregado em segmentos econômicos em transformação, nos quais algumas funções estão sendo repensadas e encerradas, são as justificativas mais comuns.
Porém, a facilidade de conseguir uma qualificação complementar em melhores condições também se destaca como atrativo, tendo em vista que o ambiente corporativo está cada dia mais exigente. Dessa maneira, obter alguma vantagem competitiva é do interesse de boa parte dos trabalhadores.
Nesse sentido, cada um desses casos leva para a escolha de uma segunda graduação distinta. Isso inclui desde algo totalmente diferente até opções que se somam ao que foi estudado originalmente.
Se o interessado é bacharel em Administração e quer ir para Design, entra na primeira descrição. Já se é formado em pedagogia e deseja se tornar professor de uma disciplina específica, está incluído no segundo cenário.
Para tanto, considerar a evolução mercadológica e tecnológica, de modo a compreender quais são os potenciais cenários futuros, é outro cuidado necessário. Um bom exemplo são os graduados em Publicidade e Propaganda que acrescentaram novas formações em Ciência da Computação para responder a vagas que uniam esses requisitos.
Uma segunda graduação é, portanto, uma oportunidade de mudar a direção da carreira ou de complementar a experiência profissional. De uma forma ou de outra, serve para tornar o currículo mais atrativo ao mercado, aumentando a empregabilidade. Mais que isso, é um quadro alinhado com a realidade atual em que as carreiras estão em constante transformação.
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