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Qual é o cenário atual da mulher no mercado de trabalho? Entenda!

A inspiração sempre é um fator altamente valioso, principalmente para quem ainda está começando a jornada profissional. Inclusive, estamos falando de um fato especialmente válido para determinados grupos da sociedade que não têm o mesmo espaço — historicamente — no meio corporativo.
12 min de leitura - há 2 meses

A inspiração sempre é um fator altamente valioso, principalmente para quem ainda está começando a jornada profissional. Inclusive, estamos falando de um fato especialmente válido para determinados grupos da sociedade que não têm o mesmo espaço — historicamente — no meio corporativo. Portanto, um passo-chave é conhecer mais acerca do cenário atual da mulher no mercado de trabalho .

A grande questão é que, para compreendermos onde estamos hoje em dia, é preciso, inicialmente, passar por toda a trajetória que nos trouxe até aqui, desde os obstáculos que já foram superados até os desafios que persistem e devem ser cotidianamente “driblados”. Aliás, mais do que isso, é imprescindível entender por que é tão relevante haver uma presença feminina mais ampla no ambiente empresarial.

O tema parece interessante? Então, continue a leitura para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto e ficar por dentro do que mais precisa ser feito para tornar o mercado de trabalho verdadeiramente justo!

Qual é a história da mulher no mercado de trabalho?

Como dito, antes de entendermos o presente, é preciso conhecer mais a fundo o que foi construído até chegarmos aqui — aos dias de hoje. Afinal, a história da mulher no mercado de trabalho é marcada por muitos momentos de luta e de conquistas em prol da igualdade de direitos e de oportunidades.

No entanto, é indiscutível que foi necessário superar uma série de obstáculos até que mudanças e avanços realmente significativos fossem alcançados. Então, pensando nisso, nós separamos alguns dos períodos mais marcantes dessa caminhada. Confira!

Revolução Industrial

Durante esse período, as mulheres começaram a trabalhar em fábricas e em outras indústrias em larga escala, especialmente nas áreas têxtil e alimentícia. O movimento se deu muito por conta de um cenário em que os homens estavam ocupados nas guerras, mas é visto atualmente como uma das primeiras amostras de que as mulheres têm, sim, espaço no mercado de trabalho.

Entretanto, é importante pontuar que, não raramente, essas trabalhadoras enfrentavam condições de atuação bem precárias, incluindo longas jornadas e salários baixos. Ainda assim, o fato é que a oportunidade de trabalhar fora de casa proporcionou certa independência financeira para as mulheres.

Direito ao voto

Outra das principais conquistas do movimento sufragista — que reivindicava os direitos políticos para as mulheres — foi poder votar. No final do século XIX e no início do século XX. A partir do momento em que elas passaram a ter voz nesse âmbito, puderam começar a influenciar as políticas públicas e, claro, a lutar pelos seus direitos no mercado de trabalho.

Segunda Guerra Mundial

Durante um dos piores momentos da humanidade, muitas mulheres foram convocadas para trabalhar em fábricas e em outros segmentos que produziam suprimentos para o esforço de guerra. A iniciativa abriu diversas oportunidades para elas e, inclusive, influenciou a mudança da percepção da sociedade em relação ao papel que elas poderiam exercer no mercado de trabalho.

Ou seja, mais do que apenas cuidar da casa e da família, a ideia de que a força de trabalho feminina poderia, sim, ter uma atuação mais ampla ganhou relevância.

Acesso a direitos trabalhistas

Ao longo do século XX, muitas leis foram promulgadas visando a proteger os direitos trabalhistas desse grupo. Essas alterações abarcaram normas que proibiam a discriminação com base no gênero, legislações que garantiam a licença-maternidade e outras que igualavam os salários entre os homens e as mulheres que realizavam o mesmo trabalho, por exemplo.

Movimento feminista

Esse movimento popular nas décadas de 1960 e de 1970 trouxe à tona muitas questões relacionadas à desigualdade de gênero no mercado de trabalho. O contexto abrangia, por exemplo, a falta de representatividade em cargos de liderança e a disparidade salarial entre homens e mulheres.

Aliás, essa movimentação também ajudou a criar uma consciência maior acerca de circunstâncias relativas à violência sexual e ao assédio no ambiente de trabalho. Ou seja, aos poucos, as mulheres foram ganhando mais voz no mercado, conseguindo reunir forças para combater certas situações e determinados desafios com mais eficácia.

Avanços recentes

Já nos últimos anos, houve muitos pontos positivos na luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. Estamos falando, por exemplo, do aumento da representatividade das mulheres em cargos de liderança e da conscientização progressiva sobre a importância do tratamento igualitário oferecido aos profissionais.

No entanto, há que se falar que, mesmo diante de um cenário de progressos recentes, ainda existe muito a ser feito para melhorar a realidade atual. Vamos abordar essa questão em mais detalhes no tópico a seguir!

Como está a mulher no mercado de trabalho hoje?

Agora que explicamos um pouco da trajetória da força de trabalho feminina ao longo dos anos, que tal entender como está a atuação da mulher no mercado de trabalho atualmente? No intuito de facilitar a sua compreensão sobre o cenário, vamos nos aprofundar em alguns tópicos que têm se tornado relevantes. Confira!

Aumento da participação feminina no mercado de trabalho

Embora o caminho a ser percorrido ainda seja longo, nos últimos anos, houve uma elevação significativa da participação feminina no mercado de trabalho. Conforme o estudo “ Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil – 2ª edição “, que foi lançado no ano de 2021 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, a taxa de participação das mulheres na força de trabalho era equivalente a 54,5%.

O aumento pode ser atribuído a diversos fatores, como a ampliação do acesso à educação e as mudanças culturais. No entanto, ainda nesse contexto, é essencial ressaltar que a participação é 20% inferior à taxa dos homens, de acordo com um levantamento recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Dificuldades de acesso a cargos de liderança

Complementando o tópico anterior, apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, é preciso destacar que as mulheres ainda enfrentam barreiras para alcançar cargos de liderança nas empresas. Segundo uma pesquisa conduzida pela Grant Thornton em 2022 , por exemplo, apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por elas.

Os dados apontaram, inclusive, uma pequena queda em relação aos números do ano de 2021, quando 39% das posições de liderança eram preenchidas pela força de trabalho feminina.

Presença das mulheres em áreas STEM

As áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), historicamente, são dominadas por homens. Contudo, há um movimento de mudança nesse cenário.

De acordo com informações reunidas pela ONU , as mulheres ocupam somente 20% das posições em STEM em âmbito mundial. Dados da USP , porém, mostram que, ainda assim, esse número avançou nos últimos anos devido a programas e iniciativas que visam a incentivar a participação delas nesses campos de atuação — a exemplo de aulas de Programação para meninas e programas de mentoria.

Conciliação entre ser mãe e a vida profissional

É indiscutível que a maternidade ainda é um fator que influencia significativamente a presença da mulher no mercado de trabalho. Muitas delas, inclusive, enfrentam dificuldades para conciliar as demandas profissionais e da família, o que pode levar a interrupções na carreira e/ou a escolhas que limitam as suas oportunidades de avanço nesse âmbito.

Estímulo para mulheres empreendedoras

Mais do que nunca, o empreendedorismo é uma alternativa para as mulheres que desejam criar as suas próprias oportunidades de trabalho. A propósito, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , com base nos números do IBGE, as mulheres representam pouco mais de 34% dos empreendedores no Brasil.

No entanto, é necessário pontuar que esse grupo enfrenta desafios específicos, como dificuldades de acesso a financiamentos e a difícil conciliação entre trabalho e família. Diante disso, é válido ressaltar que ainda há muito a ser feito para garantir efetivamente a igualdade de oportunidades e a valorização da atuação das mulheres no mercado de trabalho.

Nesse sentido, a implementação de políticas públicas e de iniciativas privadas voltadas para a promoção da igualdade de gênero nesse meio é fundamental. Assim, aos poucos, elas terão a chance de ocupar o seu merecido espaço e, claro, de receber a devida valorização profissional.

Qual é a importância da participação da mulher no mercado de trabalho?

Uma das dúvidas mais comuns acerca da participação da força de trabalho feminina no mercado envolve o impacto que a presença desse grupo pode proporcionar. Na verdade, os benefícios são muitos, começando com a inclusão e com a diversidade, mas se expandindo até mesmo para a elevação da produtividade e dos resultados alcançados no âmbito corporativo.

Diversidade e inclusão

Ter mais mulheres no mercado de trabalho significa impulsionar uma ampliação da diversidade e da inclusão nas empresas. Afinal, essas profissionais trazem consigo perspectivas, habilidades e experiências diferentes, o que pode gerar uma tomada de decisão mais inovadora e criativa.

Além disso, a diversidade é uma questão cada vez mais valorizada pelos consumidores, que buscam marcas que verdadeiramente reflitam a sociedade em que vivem.

Aumento da produtividade

A presença da mulher no mercado de trabalho também pode levar a um aumento dos níveis de desempenho. Afinal, trata-se de um grupo que costuma ter um perfil multitarefa e mais habilidade em lidar com situações complexas.

Melhora no clima organizacional

A inclusão de mulheres no mercado de trabalho também tende a melhorar o dia a dia de trabalho nas empresas. Afinal, a força de trabalho feminina costuma ser mais empática e ter uma capacidade de comunicação maior, o que pode levar ao aumento da colaboração entre os profissionais e, como consequência, à formação de uma equipe mais coesa.

Combate à desigualdade de gênero

Ter mais mulheres no mercado de trabalho também é fundamental para combater a desigualdade de gênero. Infelizmente, ainda existem muitas companhias que pagam salários diferentes para homens e mulheres em cargos iguais — entre outras práticas igualmente discriminatórias.

Diante disso, a presença mais forte dessa camada de profissionais tende a ajudar a mudar essa realidade. Aliás, as marcas que se comprometem com a iniciativa são vistas como empresas mais justas e costumam ser mais valorizadas pelos consumidores. Ou seja, há uma relação ganha-ganha.

Estímulo à economia

Por fim, a presença da mulher no mercado de trabalho também pode ser uma forma de estimular o crescimento econômico do país. Afinal, aumentando a participação feminina no meio profissional, a tendência é de que a capacidade de consumo das mulheres também seja elevada. Portanto, elas passam a ter mais poder aquisitivo e, consequentemente, a consumir mais.

Quais são os desafios ainda enfrentados pela mulher no mercado de trabalho?

Como falamos, os avanços já foram muitos, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Que tal, então, conhecer mais sobre os principais desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho atualmente? Veja a seguir!

Desigualdade salarial

Como pontuado, um dos principais desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho é a diferença entre os salários entre homens e mulheres. Em muitos países, elas ainda ganham menos do que os homens pela mesma função e/ou por trabalhos equivalentes.

Aliás, essa assimetria pode ser acentuada para mulheres pretas e/ou de outras minorias, que enfrentam mais barreiras para obter uma remuneração justa. De acordo com o Relatório Global de Desigualdade de Gênero , as mulheres ganham, em média, 20% menos do que os homens em todo o mundo.

Preconceito e discriminação

Outro desafio significativo envolve a discriminação e o preconceito que esse grupo ainda enfrenta. O cenário pode se manifestar de várias formas, incluindo a recusa de promoções e/ou de oportunidades de desenvolvimento, o assédio sexual e moral e outros comportamentos discriminatórios.

A propósito, as mulheres também enfrentam estereótipos de gênero que podem limitar as suas oportunidades de emprego ou de carreira. Uma mulher que tem um temperamento mais explosivo, por exemplo, é tratada sob uma perspectiva negativa, enquanto, geralmente, os homens com o mesmo perfil são vistos de maneira positiva.

Falta de representação

Além disso, existem poucas mulheres em posições de liderança é um obstáculo complexo que as mulheres têm de “driblar” no mercado de trabalho. Muitas vezes, elas são sub-representadas em altas posições em todas as áreas, incluindo o campo político, o universo dos negócios e a área acadêmica.

O contexto pode limitar as oportunidades dessa força de trabalho, dificultando o alcance do sucesso e o avanço na carreira. Afinal, vai se tornando cada vez mais desafiador crescer na hierarquia das empresas, já que as companhias, estruturalmente, não enxergam nas mulheres a capacidade de liderança.

Dificuldades no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Para quem tem condições financeiras menos favoráveis, é ainda mais desafiador equilibrar a carreira e a vida pessoal. Como sabemos, no dia a dia, as mulheres são responsáveis por uma parcela desproporcional das tarefas domésticas e do cuidado infantil, o que pode representar um impeditivo para o avanço profissional.

Além disso, muitas empresas não oferecem políticas de licença parental adequadas ou outras formas de suporte à vida familiar, o que pode tornar o cenário mais complexo. Aos poucos, o contexto vem se modificando, é claro, mas ainda há bastante a ser feito.

Falta de suporte e de redes de apoio

Muitas mulheres também enfrentam desafios quando se trata de encontrar ajuda e orientação no local de trabalho. Aliás, trata-se de um entrave que pode ser particularmente difícil para aquelas que atuam em áreas predominantemente dominadas por homens, nas quais existem poucas profissionais femininas com as quais elas possam se conectar.

Assim, sem uma rede de apoio forte, esse grupo tende a encontrar entraves no que se refere ao avanço na carreira e à superação de outros desafios. Portanto, é preciso estimular ainda mais essas trocas dentro do ambiente corporativo.

A verdade é que todos os tópicos acima mostram um cenário muito desafiador, mas que já avançou significativamente nos últimos anos. Ainda assim, é necessário fortalecer todos os pontos positivos que foram apresentados ao longo do post, facilitando a superação dos desafios que ainda limitam a atuação da mulher no mercado de trabalho.

A leitura foi interessante? Então, que tal descobrir agora quais são os cursos mais pedidos no mercado de trabalho e avaliar o caminho ideal para alcançar o sucesso profissional?

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