A forma como o estudo é abordado por professores e alunos vem mudando ao longo dos anos. Do ponto de vista metodológico, a troca de saberes tomou o lugar da exposição como o formato mais aceito entre os teóricos da Pedagogia. Já a tecnologia tem influenciado o surgimento de novas modalidades de ensino .
Assim, hoje em dia, o processo de aprendizagem já não se limita à necessidade de estar em sala de aula ouvindo o que o docente diz para absorver as informações. Novas maneiras de organizar a educação têm dado mais responsabilidade e autonomia aos estudantes, colocando-os como participantes ativos dessa jornada.
Tem interesse em explorar o tema mais a fundo? Nos próximos tópicos, descubra como isso tem sido feito e muito mais! Vamos à leitura?!
O que são modalidades de ensino?
Comumente utilizado para especificar os formatos disponíveis no âmbito da Educação, nas Instituições de Ensino Superior (IES), o termo se refere aos modelos aplicados na organização da estrutura educacional.
De modo geral, as escolas de Educação Básica dispõem dos arranjos pedagógicos convencionais — regular, especial, jovens e adultos etc. No entanto, as Instituições de Ensino Superior usam a expressão “ modalidades de ensino ” para definir o modelo acadêmico em que a formação será articulada, disponibilizada e conduzida.
Usualmente, as graduações contam com variadas opções, como o modelo presencial ou o regime remoto. Contudo, é necessário não confundi-los com as categorias de cursos oferecidos nesse nível, como bacharelado , licenciatura ou tecnólogo.
Quais são as modalidades mais comuns de Ensino Superior?
Quem quer fazer uma faculdade tem algumas opções de modelos a escolher. Veja — um a um — os quatro que a São Judas disponibiliza a seguir!
1. Presencial
Entre as modalidades de Ensino Superior, essa é a mais tradicional. No formato, os cursos são oferecidos nas sedes das instituições, nos campus ou nos núcleos de extensão. Os graduandos devem se locomover até esses locais para assistir a todas as aulas . Via de regra, é exigido 75% de frequência para a aprovação dos estudantes.
As vantagens do modelo presencial incluem o uso de toda a infraestrutura da IES e a troca “cara a cara” com colegas e/ou professores. No primeiro caso, laboratórios, bibliotecas, equipamentos etc. podem ser manuseados sem custos extras, já que a IES vai disponibilizar a sua utilização, como faz a São Judas.
2. Educação a distância (EAD)
Historicamente, a modalidade de ensino em que não há um contato presencial e direto do corpo docente com os alunos começou com cursos via material impresso ou pela televisão. Hoje, conta com aulas on-line assíncronas pela Internet — a São Judas é um exemplo de IES que disponibiliza o regime EAD .
Dessa forma, a educação a distância (ou EAD) é a opção remota mais conhecida. Basicamente, os professores gravam a exposição do conteúdo, que é deixado disponível em plataformas online acessíveis aos estudantes a qualquer lugar e a qualquer hora.
Além disso, atualmente, são adotados métodos de ensino e de aprendizagem que propõem atividades 100% digitais, incluindo:
- resolver desafios;
- participar de simulações virtuais;
- realizar a busca ativa de informações.
Essa possibilidade se destaca por atender a quem precisa conciliar os estudos com o trabalho e a família e/ou àqueles que moram longe das sedes das Instituições de Ensino Superior, por exemplo. Portanto, trata-se de uma iniciativa tão acessível quanto qualificada , haja vista que as Unidades Curriculares são as mesmas do formato oferecido nas demais opções.
3. Live
Bem semelhante ao modelo EAD — já que ambas são modalidades de ensino remotas —, a tradução do termo quer dizer “ao vivo”. Só com essa informação, é viável imaginar o que diferencia uma da outra, certo?
Na modalidade live , as aulas também são online, mas precisam ser assistidas em tempo real pelos estudantes. Assim, os graduandos conseguem interagir com os colegas e com os professores, tirar dúvidas e/ou acrescentar informações relevantes.
Portanto, a alternativa — disponibilizada pela São Judas — tem como um diferencial oferecer uma experiência presencial, mas com as comodidades do ensino a distância . No entanto, ao contrário desse último, o formato exige que os discentes estejam disponíveis em um determinado horário.
4. Semipresencial
Mais uma das modalidades de ensino — que também é oferecida pela São Judas —, trata-se da alternativa que “mistura” o EAD com o presencial, resultando em um modelo híbrido . Ou seja, parte do curso é feita de forma remota, e outra parte, no formato mais tradicional.
O regime semipresencial une métodos de ensino e aprendizagem para articular essas duas possibilidades. Entretanto, a opção requer disciplina. Mas, em simultâneo, fornece flexibilidade para um público que tem certa disponibilidade quanto ao deslocamento até a IES .
Como as modalidades de ensino estão relacionadas aos métodos aplicados em aula?
A forma como as pessoas aprendem tem sido estudada ao longo do tempo. Não à toa, é viável encontrar propostas de pensadores, como Piaget, Vygotsky, Montessori, Freinet, entre outros, sobre o assunto.
Todos sempre buscam entender o que influencia os alunos e como oferecer o melhor formato para que os discentes atinjam o potencial máximo. Inclusive, muitos deles reconhecem o papel do ambiente externo — espaços, recursos, professores, colegas, sociedade etc. — nesse processo.
A partir disso, pode-se concluir que, com as mudanças tanto no acesso à informação de maneira ampla quanto nas modalidades de ensino, novos métodos precisam ser adotados para abordar esses elementos em sala de aula.
Nesse contexto, hoje, há a articulação entre metodologia e modelo. Nesse caso, o estudo voltado a proporcionar diversas novas experiências, ampliando a capacidade de assimilação dos alunos.
Quais são alguns dos exemplos de métodos de ensino e aprendizagem?
Entre as diversas metodologias existentes, duas delas têm sido bastante articuladas atualmente nas diversas modalidades de ensino. Dessa forma, ambas têm ganhado relevância. A seguir, entenda o que caracteriza cada uma!
Método tradicional
Naturalmente, essa abordagem já foi experienciada por quase todo estudante em algum momento da trajetória escolar/acadêmica. Afinal, é o modelo de ensino e aprendizagem mais convencional. No formato, o professor expõe a temática para o aluno, que permanece passivo, ouvindo.
Um exemplo da sua aplicação envolve os conteúdos teóricos, uma vez que requerem a apresentação das informações. O método é muito comum entre as modalidades de ensino presenciais. Já no modelo online, é visto nas aulas gravadas ou nas aulas ao vivo, quando a dinâmica adotada é a mesma.
Hoje em dia, essa opção ainda é utilizada, principalmente se o programa educacional estiver estruturado em períodos. Nesse caso, posteriormente, ocorrem avaliações para verificar se o conteúdo foi aprendido pelos discentes.
No entanto, vale dizer que a metodologia tradicional vem sendo articulada com outras, aumentando a participação dos graduandos nos processos. Na São Judas, essa opção se integra à busca ativa em aula. Os primeiros 50 minutos são dedicados a essa parte expositiva, e os dez minutos finais são voltados para a ação do educando, funcionando de forma complementar.
Metodologias ativas
Nesse método de ensino e aprendizagem, o aluno passa a ser tanto autônomo quanto proativo frente ao processo educacional. Ou seja, ele ganha o protagonismo, devendo agir ativamente em prol do próprio desenvolvimento.
A implementação da metodologia, porém, não significa a exclusão do professor, viu? Na verdade, uma nova dinâmica é exigida nessa relação em que o conhecimento não é meramente repassado e, sim, construído.
Desse modo, o educador se torna um mediador que fornece ferramentas para que o discente consiga evoluir. Ainda que outras metodologias também tenham abordagens semelhantes, os resultados da implementação do modelo ativo, engajando os estudantes, oferecendo independência e aumentando a assimilação, destacam-na.
Nesse contexto, existem diversos exemplos de aplicações dessa estratégia. Confira alguns!
Projetos autônomos
O desenvolvimento de propostas com foco na realização das atividades por conta própria leva ao exercício da organização, da resolução de problemas e da tomada de decisão, por exemplo. Essa é uma opção que é facilmente aplicada a todas as modalidades de Ensino Superior.
Mais que isso, quando dinâmicas e projetos em que a cultura maker é incentivada são utilizados, os estudantes percebem capacidades e/ou dificuldades, contribuindo para o autoconhecimento. Como efeito, as escolhas para o futuro estarão mais alinhadas às potencialidades e serão mais satisfatórias.
Oportunidades práticas
Proporcionar aos estudantes de graduação a possibilidade de experienciar como será o dia a dia da futura profissão nos mais diversos cursos é essencial. A finalidade é fazê-los entenderem os papéis que devem exercer no mundo do trabalho .
Aulas práticas em laboratórios, simulações, testes ou prototipagem são alguns exemplos de ações que possibilitam essa compreensão. Como resultado, as medidas ainda ajudam no desenvolvimento das habilidades necessárias ao profissional.
A Unidade Curricular (UC) Dual é uma iniciativa da São Judas que proporciona aulas em empresas. Na prática, os alunos conseguem, então, vivenciar a realidade do mercado em uma imersão na rotina real em empreendimentos parceiros , como:
- Bimbo;
- EQI;
- Microsoft;
- Saint Gobain.
Busca ativa
Uma tarefa muito comum para quem está cursando a Educação Superior é pesquisar . Na São Judas , isso é ainda mais incentivado como método de ensino e aprendizagem capaz de dar autonomia aos alunos de todas as modalidades.
O grande diferencial dessa busca ativa está na preparação do estudante para se manter atualizado, seguindo com o aprendizado mesmo após se formar. Além disso, saber como acessar informações qualificadas é essencial em todas as áreas da vida hoje em dia.
Sala de aula invertida
A proposta “troca” a lógica do método tradicional . O aluno passa a ser quem expõe o que pesquisou e/ou estudou previamente para os demais — e não o professor . Dessa forma, algumas habilidades, como priorização, senso crítico, organização, argumentação e comunicação , são aprimoradas de modo associado à expansão do conhecimento.
As apresentações ainda podem ser realizadas no formato de seminários ou discussões, em que os estudantes acrescentam informações ao que os colegas já mencionaram. Afinal, quando uma pessoa ensina outra, a tendência é de que ela mesma retenha mais os conteúdos do que se estivesse apenas lendo e/ou ouvindo, por exemplo.
Interatividade e trabalho coletivo
Aprender em conjunto é, como vimos, um meio de aumentar a retenção do conteúdo. Assim, organizar os projetos educacionais em grupos , por exemplo, cria oportunidades de realizar trocas com qualidade, aumentando a participação de todos devido à redução do número de envolvidos em cada agrupamento.
Aulas interativas e dinâmicas também ganham destaque entre as metodologias. Afinal, ampliam o interesse dos discentes e podem ser aplicadas nas diversas modalidades de ensino.
Gamificação
A organização do conteúdo didático em trilhas de aprendizado que replicam jogos por meio de desafios e metas é uma metodologia ativa bastante engajadora . Com isso, o progresso deixa de ser estimulado pela exigência de entrega por parte dos professores e passa a ser buscado pelo discente.
O que nem todo mundo sabe é que a gamificação não precisa ficar limitada aos ambientes virtuais. É possível implementá-la nas modalidades de ensino em que aulas presenciais ocorrem e/ou em propostas que misturam os formatos.
Como escolher a modalidade de ensino na hora de fazer uma faculdade?
Se a maioria dos métodos pode ser aplicada a vários formatos, esse não é o melhor critério para definir qual é o caminho ideal, não é mesmo? Entretanto, também não é viável dizer que todas as modalidades de ensino são compatíveis com as necessidades de todos os estudantes.
Nesse caso, a verificação de qual formato se alinha à rotina é uma boa iniciativa. Para começar, avalie se você tem condições de ir até a sede da IES — caso todas as aulas do curso sejam realizadas de modo presencial.
A distância entre casa, trabalho e IES e o trânsito devem ser fatores levados em conta também. Aliás, é superimportante considerar os meios de transporte e a disponibilidade de soluções públicas de mobilidade, bem como os horários de tudo.
A depender da compatibilidade, o formato remoto pode ser a solução. No entanto, esse caminho fica atrelado à qualidade do acesso à Internet e a equipamentos eletrônicos para assistir e/ou participar das formações.
A propósito, vale lembrar que existem as opções combinadas. Portanto, analise se aquilo de que você precisa envolve dar um passo além do que mencionamos acima, pensando na maneira como você aprende . Afinal, algumas pessoas gostam da liberdade e do isolamento de estudar no regime EAD, outras sentem uma necessidade de conexão.
Para quem se identificou com o último, já que o modelo não abre mão do contato direto com os colegas e professores, mas não consegue fazer a graduação 100% presencial, cogitar os regimes semipresencial ou live é a resposta. Por serem possibilidades híbridas, ambas acabam suprindo as demandas, ainda que exijam o cumprimento de um horário fixo.
As modalidades de ensino são a base da organização de um projeto educacional. Tais modelos se articulam com os métodos, dando formato e conteúdo ao que uma IES propõe. No caso da São Judas, a busca é da união entre tradição e inovação para que os alunos consigam utilizar o máximo potencial.