Dia Mundial do Livro: Promova o Conhecimento, Valorize a Leitura
22 / Abril / 2025
Por Larissa Sousa

No dia 23 de abril de 1995, foi declarado como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais pela
UNESCO, como homenagem a autores famosos como William Shakespeare, Miguel de Cervantes
e Inca Garcilaso de la Vega, usando a data de suas mortes. Assim, é uma data simbólica na
literatura mundial. É uma celebração para promover o gosto pelos livros. Todos os anos, no dia 23 de
abril, acontecem comemorações em todo o mundo para reconhecer o alcance dos livros – uma ponte
entre gerações e culturas.
Em um mundo cada vez mais acelerado e digital, o que significa “ler”? Dos livros físicos às telas
de celulares, a leitura tornou-se ato constante — mas nem sempre consciente. Ler nos transporta
para outras culturas, nos aproxima de diferentes modos de pensar e amplia nossa empatia. Sabrina
Tavares, do perfil @linhasliterais, compartilhou que a leitura, iniciada na infância, marcou sua vida como uma fonte de desenvolvimento, lazer e criatividade: “Tenho lembranças lúcidas dos meus pais lendo para mim. A formação literária na primeira infância é primordial, mas não faz parte da realidade de muitos no país.” Ruth Rocha, um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, já afirmava: “Leitura,
antes de mais nada, é estímulo, é exemplo.” O hábito de ler deve ser incentivado, não apenas
como ferramenta educacional, mas também como fonte de prazer.
Apesar da sua importância, o Brasil perdeu 7 milhões de leitores nos últimos 4 anos, segundo a
pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”. Zoara Failla, coordenadora da pesquisa, destacou que o
afastamento dos livros está relacionado, à substituição da leitura por tempo nas redes sociais,
especialmente entre as crianças. (Fonte: O Globo e R7). Mas como unir a leitura à tecnologia? A
hashtag #BookTok já ultrapassou 215 bilhões de visualizações globalmente.(Fonte:BBC). O
movimento criou até seções dedicadas em livrarias físicas para os “Livros do TikTok”. Esse
movimento das redes sociais não nos impede de ainda ter contato com os problemas da sociedade,
que são refletidos até mesmo nesse meio. Sabrina conta que: “Quando existem as comparações de
quem conseguiu ler mais livros em um mês. Ou quando ocorre juízo de valor entre gêneros literários.
Além disso, as literaturas pretas têm pouco espaço no nicho.”
“Não sou a favor da demonização das redes sociais, mas ainda assim acredito que ela nos afasta
das leituras (…) desaprendemos a ter paciência para ler. Ficamos entediados com muita
facilidade.” afirma Sabrina.
Essa percepção é corroborada por estudos, como uma pesquisa realizada pelo Laboratório Delete,
que faz parte do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ). Diz que essa
sobrecarga cognitiva pode então levar à sensação de impaciência e frustração. (fonte: PUCPR e
OUL. )
Além disso, sabemos que fatores socioeconômicos e a acessibilidade também distanciam as
pessoas da leitura. Sabrina ressalta: “A inclusão no mundo literário existe, porém é pouco
difundida. Na última Bienal do Livro de São Paulo (2024), pude conhecer livros em braile. O stand
em questão era da Editora Mostarda, com livros voltados para o público infantil. As descrições em
braile não eram somente dos escritos, mas também das imagens. Achei encantador. O mercado de
audiolivros também tem crescido (…) Nos últimos anos também pude perceber um crescimento do
assunto inclusão nos livros infantis, abordam temáticas como autismo, síndrome de Down, pessoas
com deficiência, inclusão, diversidade e respeito são super importantes e necessários.”
Discutir a acessibilidade na leitura é, portanto, refletir sobre inclusão, cidadania e democracia
cultural. O Portal do Livro Acessível é uma plataforma criada para ajudar as pessoas com
deficiência visual que desejam comprar obras em formatos acessíveis. (Fonte: Livro Acessível e
Fundação Dorina Nowill)
Reafirmar a importância da leitura é necessário. O Dia Mundial do Livro nos convida a refletir sobre
o que a leitura é nos dias de hoje. Políticas públicas e iniciativas devem ser tratadas com importância
e ter maior notoriedade, para que assim possamos garantir o acesso. A literatura nos torna pessoas
com senso crítico, que questionam e mostram empatia – atitudes essenciais para se viver em
sociedade.
A Universidade São Judas oferece aos seus alunos acesso ao conhecimento por meio de diversas
bibliotecas virtuais, com milhares de títulos disponíveis na plataforma Ulife. Além disso, o campus
Guarulhos conta com uma Biblioteca Colaborativa aberta a alunos e visitantes, promovendo a
leitura e fortalecendo a cultura colaborativa na comunidade local. Todas as unidades da USJ
também contam com bibliotecas físicas, garantindo ainda mais acesso à informação e incentivo à
formação acadêmica.
Para saber mais: A Política Nacional de Leitura e Escrita, instituída pela Lei nº 13.696, de 12 de
julho de 2018, estabelece estratégias permanentes para promover as bibliotecas de acesso público
no Brasil. (Fonte: L13696).
Sobre o Comunica Lab
Este material foi produzido pela estudante Larissa Sousa. O Comunica Lab é uma iniciativa e
projeto de extensão criado pelos alunos dos cursos de Comunicação, sob a coordenação da
professora Lilia Horta. Com o objetivo de fomentar a produção de conteúdos para diversas áreas
de comunicação da Universidade São Judas, o Comunica Lab atua como um verdadeiro
laboratório prático. Dessa forma, proporciona aos alunos a oportunidade de explorar e
experimentar diferentes formatos de mídia, como vídeos, textos e outros.