Com apoio das prefeituras de Santos e Cubatão, iniciativa terá duração de 5 anos e foca em identificar vírus respiratórios e melhoria de vacinas

A São Judas anunciou nesta quinta-feira, 27, a colaboração com o CeVivas, projeto de pesquisa promovido pelo Instituto Butantan, que coleta amostras de pacientes com sintomas respiratórios e monitora as características dos vírus para melhoria de vacinas.

O CeVivas acontecerá em todo o país durante cinco anos, em parceira com várias entidades que serão responsáveis pela coleta de amostras que identificarão agentes respiratórios de acordo com suas regiões. Na Baixada Santista, a captação dos espécimes será realizada pela Medicina São Judas, campus Cubatão, em conjunto com a Inspirali, vertente de educação em saúde da Ânima, com a participação e apoio das prefeituras de Santos e Cubatão.

“O projeto começa a acontecer na Baixada e demanda responsabilidade e fôlego. Com ele conseguimos refinar informações e termos mais precisão na elaboração de vacinas. Precisamos ter um olhar diferenciado para infecções respiratórias, não há mais espaço para erros”, diz Evaldo Stanislau, docente de medicina na São Judas, Embaixador da Inspirali e responsável pelo projeto na Baixada Santista.

A identificação dos patógenos respiratórios servirá também como apoio para diagnósticos. Thais Cristina Salles, médica infectologista da Seção de Vigilância Epidemiológica de Santos, ressalta a importância da iniciativa ao comentar o histórico de monitoramento na cidade de Santos. “O projeto vem em um momento muito marcante e será um resgate do olhar mais cuidadoso para doenças transmissíveis, para que não fiquem esquecidas novamente. Os indicadores monitorados de SRAG (síndromes respiratórias agudas) chamam a atenção por não terem identificação, o que dificulta no tratamento assertivo. Com o projeto, conseguimos identificar patógenos que hoje são tidos como desconhecidos”, explica.

Sandra Coccuzzo, Diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, pontua que o projeto atua como apoio contínuo no planejamento de vacinas. “O CeVivas nos ajuda na atualização do nosso portifólio vacinal. Ele tem com pilar principal a vacinação. Nossa proposta é o monitoramento genômico e compartilhamento dos resultados, para que assim a entidades públicas tomem as decisões. Estamos entrando como complemento ao fluxo já estabelecido” esclarece.